quarta-feira, 3 de abril de 2013

Teorias #1


Já conhecia algumas técnicas desta teoria, mas só ontem, através duma amiga, é que me dediquei a "estudar" esta teoria, que se resultar, acredito que será das melhores coisinhas que descobriram.

Chama-se Teoria de Extero-Gestação ou do 4º Trimestre, foi desenvolvida pelo Dr. Karp e eu vou tentar resumi-la ao máximo:
Partindo do princípio que os bebés humanos são os mais indefesos do planeta (ao contrário, por exemplo, dos bebés cavalos que começam a andar e correr logo no dia em que nascem), são, por isso, os únicos que não desenvolvem capacidades de sobrevivência, logo a partir do primeiro dia do nascimento. Na verdade é como se os bebés humanos só estivessem preparados para nascer 3 meses após as 40 semanas (daí o 4º trimestre).
Esta teoria diz-nos que o bebé nasce "antes de estar totalmente preparado", pois é um ser cerebral e que era fisicamente impossível para a mãe dar à luz o bebé, na altura devida (após o 4º trimestre). Deste modo, os pais devem estar preparados, no primeiro trimestre de vida dos bebés, para proporcionar aos filhos as mesmas condições que eles viviam, no útero materno, de modo a obter, por parte dos bebés, uma resposta neurológica profunda: o reflexo calmante.
E perguntam vocês, como? Através de 5 métodos que podem ser aplicados isoladamente ou em conjunto, dependendo da resposta do próprio bebé. São os 5 S's:
1. Swaddling: limitar os movimentos do bebé, embrulhando-o numa manta, através duma técnica específica. É, possivelmente, de todas as técnicas, a mais útil para acalmar o bebé e por isso deve ser a primeira a ser aplicada
2. Side/stomach position: colocar o bebé de lado e não de barriga para cima
3. Swinging: balançar é reconfortante para o bebé, porque é uma sensação semelhante à que o bebé obtinha quando a mãe caminhava
4. Shushing: é o normal "shuu", o ruído que todos fazemos instintivamente quando um bebé chora, mas duma forma bem mais intensa. Seria a técnica que me deixaria mais cética, caso não soubesse de uma pessoa que, ainda em adulta, adora adormecer com o secador ligado ao lado da cabeça!
5. Sucking: a sução pode ser feito com uma chucha, biberão, ou mama.


Na minha opinião a teoria do 4º trimestre vem sobretudo dar conforto aos recém papás, pois explica o porquê dos bebés chorarem e continuarem a chorar, mesmo depois de todas as necessidades físicas estarem satisfeitas.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre esta teoria, encontrei um vídeo bastante bom e relatado pelo próprio Dr. Karp. Não o consegui colocar no blog, mas deixo-vos o link de acesso direto:


Sem dúvida que vou experimentar e espero, do fundo do coração, poder comprovar a teoria do 4º trimestre!
Vocês já experimentaram ou conhecem alguém que experimentou?

8 comentários:

  1. Olá Catarina! Confesso que pessoalmente o primeiro passo me deixa algo apreensiva, parece-me bastante contra natura apesar de perceber o conceito mas conheço um casal amigo que experimentou e julgo que estão contentes com o resultado, se quiseres posso por-te em contacto! Acho o blgue uma opima iniciativa, ainda nao tenho o meu relogio biologico a dar horas mas e um primeiro contacto interessante com a realidade de estar gravida!! :) Grande beijinho para todos e espero ver-vos antes da C sair cá para fora!! :)

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    1. Olá Fi! Por acaso, o que me deixa mais apreensiva é o swinging. Visualmente, o movimento parece-me muito violento e acho que vou "saltar" este método. É reconfortante saber que outros pais tem tido boas experiências com este método. Há luz ao fundo do túnel, caso ela seja como eu e o T. eramos em pequeninos! :) Obrigada pelo teu comentário! :))

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  2. Creio que tanto o swaddling como o swinging são excelentes. O primeiro porque se pensarmos bem, o bebé não tinha espaço para se mexer dentro da barriga da mãe e sim, eles adoram estar espremidos no colo das pessoas, ou seja, sem espaço para se mexer. E o swinging talvez não tenha entendido mas acho que se refere aos movimentos suaves do embalar seja nos braços seja num balancé, não ao swinging baby yoga (isso é de loucos). Quanto ao mamar, chuchar ou biberar, bom, digamos que eu não sou nada adepta do mamar. Eu sei que é óptimo para o bebé e eu dei de mamar às minhas duas filhas mas só dei 2 meses. A partir daí acabou-se porque eu detestei dar de mamar, não porque doa mas porque não gostava da sensação e porque odiava sentir-me a vaca de serviço. Anyway, eu nunca mamei e só bebi leite de soja no primeiro ano de vida, estou aqui fina. Atenção, jamais me ouvirás dizer que dar de mamar é mau, estava só a dizer que EU não gostei e assim que me senti preparada, deixei de o fazer.

    Olha isto que li e que apliquei (e acho que funcionou):

    Make some noise.
    Don't give your child the silent treatment. "Amazingly, the sounds they heard 24/7 in the uterus were about twice as loud as a vacuum cleaner, so babies love and need strong rhythmic noise. (é verdade que tanto a Maria como a Laura adormeciam em 3 segundos quando eu ligava o secador de cabelo ou o aspirador!)

    Do the swing thing.
    If you swaddle and use white noise and your baby's still waking up every hour or two, add the swing to the mix. Put your swaddled baby in the reclined seat and buckle her in.

    Use dimmers.
    Light is one way to regulate babies' (and adults') circadian rhythm--the body's internal clock. Plug your lamps into dimmer units (available at hardware stores), and when the sun goes down in the evening, lower the lights--even if your baby isn't going right to bed. To reinforce these rhythms, make sure your home is brightly lit during the day, even if he's napping.

    De qualquer das formas, tenho aqui dois livros para ti (que espero que não necessites), de um médico espanhol muiiiiittooooooooo conhecido (Dr. Estivill) , livros que ensinam os pais de crianças problemáticas para dormir e/ou comer. Em relação à comida, descobri com a Laura que o MEU stress fazia com que ela comesse pouco, quando relaxei e "caguei" para o assunto, a tontinha começou a comer melhor, muito melhor, embora continue a ser um palito trinca-espinhas. Em relação ao dormir....aí falhei rotundamente com as duas. Ambas dormem mal longe dos pais, ambas acordam muitas vezes, ambas não adormecem se estiverem sozinhas, ambas fazem fitas tremendas na hora de ir para a cama. Por isso hoje sei que há uma coisa com a qual se tem de ser muito, muito, muito estricto: a rotina do sono. Já passaram 10 anos, Cata, e ainda não durmo uma noite seguida. A culpa é toda minha, claro, uns beijinhos aqui, mais 5 minutos de brincadeira acolá, mais uma treta qualquer acoli e pronto, dás um dedo e levam-te o corpo todo. As crianças são extremamente abusadoras e manipuladoras e creio mesmo que deves ter uma lista mental daquilo que te é muito importante. E não abdicar dessas 2 ou 3 coisas, nem pela C. O meu erro foi achar que elas, como filhas, tinham mais direitos que eu, como mulher. Nem pensar, elas têm o dia todo para brincar, jogos, consolas, amigos, televisão, pais, livros, comida, diversão. É justo que eu, às 21.30, diga que o dia acabou e tenha os MEUS momentos SEM crianças e só com o MEU marido? É mais que justo mas eu não fiz bem as coisas e agora olha... aguente-se :) Por isso já te deixo o conselho: eles merecem tudo mas não precisam de tudo.

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    1. O swinging não é o embalar suave e normal, é mais forte e o Dr. Karp refere que se deve ter algum cuidado com esta técnica. Não me convence muito! O sono entendo perfeitamente o que dizes e acho que o problema vai ser o pai, que é muito mais fraco na hora da verdade. Bem, é esperar para ver!

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  3. Olá minha linda!
    Eu com duas experiências posso dizer-te cada bebé sua mania, loool!!!
    Temos de ir descobrindo qual a melhor técnica até percebermos qual a melhor para o nosso caso!
    Os bebés são uma caixinha de surpresas maravilhosa, o principal mesmo é que a mãe se sinta bem e se mantenha calma, pois assim o bebé vai receber esse bem estar e calma!
    Muita tranquilidade, hehehehe!!
    Bjinhos linda

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    1. É verdade. Por mais planos que se façam só sabemos como lidar quando eles estão cá fora. Primeiro porque podemos planear o nosso comportamento, mas na hora h pode ser completamente diferente. Em segundo porque também vai depender da personalidade do bebé e das necessidades físicas do próprio.

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  4. De qualquer das formas, por muito que leias vais ficar como eu...um boi a olhar para o palácio. E vais perguntar-te um milhão de vezes "o que se passa?". E vais stressar imenso, dormir pouco, ter olheiras e muito cansaço. E vais conseguir responder a todas as necessidades dela, aprender a escutar o que ela vai "dizer" e vais-te safar lindamente. Eles não se partem e nós sabemos muito mais do que imaginamos :)

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